Seja bem vindo!!

"Quando minhas mãos palidas deixarem cair a última caneta em um quarto barato, eles vão me achar lá, e nunca saberão meu nome minha intenção nem o valor da minha fuga" (Charles bukowski)

quinta-feira, 20 de dezembro de 2007

Suas pupilas

Olhei para o coração do escuro
ele batia,de uma forma silenciosa
e viva
Revelou--me velhas feridas
sonhos,aquela liberdade que morreu
Quando amantes corriam as colinas
e cantavam aquela velha sorte.

Olhei para o coração do escuro
da suas tristes pupilas
que olhavam-me de volta
revelaram
feridas fechadas que ainda doíam
e suas pupilas agora se dilatam
quando sugam a chave
das portas de Blake.

Olhei para a escuridão
das suas tristes pupilas
presas e ao mesmo tempo livres
por trás desse velho espelho.

domingo, 2 de dezembro de 2007

Causas e tijolos

não há causa
nem ordem
que tenha
por si

Uma consequência
que leve
o sofrimento eterno.

Os erros são tijolos
no muro do conhecimento

sexta-feira, 30 de novembro de 2007

Um numero

Vamos venha cá garoto
Não entende que seu caminho
beira o abismo?

Saiba , garoto
que nunca entenderá
por naquela noite
chorou
por amor?

MAs você é invencível
e jamais morrerá
quando entender
que até estranhos amaram você.

Mas depois de tua prisão
Você é só mais um numero
e te empurrarão para o abismo dos homens

Mas tudo é tempo. E como o amor
o tempo é algo presente que não existe.

Tudo bem, garoto.
Tudo que se paga
é tudo que compra de graça.
E eles se afundaram na certeza
nas explicações..
e adoraram o vicio.

MAs depois de tua prisão particular
você é só mais um numero
e te expulsarão para o beira do abismo.

Garoto entenda
o jogo
e quero que
saiba
não existem jogadores
Mas existem
apostadores.

sexta-feira, 23 de novembro de 2007

Esperei..

Eu esperei
dia após dia
não somente o telefone tocar
não somente sua voz no outro lado da linha..
mas esperei que me desse
aquela nova chance..
mas tudo ficou na mesma..
e eu só
com meu deserto
minhas sombras..
e meus sonhos mortos.

Meus vícios foram uma companhia
solitaria..
Andei de um lado a outro
com meus medos
e
motivo algum

O que um vagabundo pode oferecer?

não sei nada sobre jogos
e sei
que eles,nada tem a ver com o
amor

Agora seguirei o caminho do espreitador
e tratarei aquela velha dor
com indiferença
e gargalhadas

Agora sou o vagabundo

Pelos caminhos tortos..

segunda-feira, 19 de novembro de 2007

Insistencias..

Por que insiste
em querer matar minhas ideias?
por que insiste..
em querer sufocar..
com suas crenças..
com seus medos?
com suas falhas..
quando você se perdeu..
me confundiu..
mas o destino sempre mata..mata..
todo novo começo
com suas risadas..
com suas confusões
com suas retiradas..


Quer uma saída?
aviso,pura perda de tempo..
A vida se resume entre o marasmo e a dor
Não é o modo como você quer tira-la de sua vida
que define
se é o não feliz
mas sim
o modo como a suporta
tudo o mais
são inícios
e
fins..

sexta-feira, 16 de novembro de 2007

Do sono a batalha.


.O imbecil apareceu lá em casa as 6 da manha, havia se dependurado na campainha.”merda, esses putos não respeitam nem a hora de minha fuga ?” Ele usava um toca de algum time de futebol.

- Cara, vamos jogar futebol daqui a pouco , vão bora ?

.Futebol? mas que merda.”não” respondi.falei educadamente claro.inventei alguma desculpa qualquer e voltei para cama.Ah sabia cama! Se algo nesse mundo ainda vale alguma coisa, esse algo é a cama.A fuga de todos os desesperados.quando não ah mais álcool ,baseado ou cigarros, tem a cama.Me deito e me cubro,o travesseiro nunca está do modo que queremos ,mas tudo bem.As batalhas estão lá fora,meu refugio esta aqui.

.Minhas pálpebras pesam e fecho os olhos, me sinto leve, a realidade se desfazendo, e finalmente ,morpheus abre suas portas, - PIM BOM! Faz a campainha“DESGRAÇA!” grito pulando da cama. Coloco meus chinelos e meus óculos, vou até a porta.

Dessa vez é uma garota ruiva,camisa vermelha, saia media e seios fartos.

-Desculpe o incomodo..A Juraci ta ?

“Céus,Ta procurando minha mãe!” Como eu diria a ela que minha mãe estava de plantão?

Naquele momento, uma idéia que não pertence aos meus tipos de idéia ocorreu, não sei ao certo como fiz aquilo, mas fiz.

-Ela ta chegando..quer entrar?

-Não precisa , depois passo aqui..

- Vamos entra..

Prendi os cachorros no quartinho dos fundos, voltei e pedi que ela entrasse.Sentou no sofá e cruzou as pernas”Jesus cristo,Maria e Erick Clapton!,a calçinah dela é vermelha”Senti o volume em meu short,trouxe um café e iniciei a conversa.

- Então, você e minha mãe se conhecem de onde ? “maldito clichê “

- Do hospital.trabalhava com ela.

- È mesmo? Por que saiu?

- Arranjei algo melhor em outro hospital.

- Ah..

.Entendi logo de cara, tava trepando com algum doutor.

- E você , o que faz da vida?

- Sou escritor. “desempregado”

- Que gracinha! Escreve o que?

- Poemas,contos essas coisas..

- Leria algo pra min?

- Hum..Posso recitar.

.Ela deu um sorriso,que por deus,por pouco não pulo encima dela.

- Por onde vais , linda donzela?

Com esses cabelos soltos

E esse fogo entre as pernas?

.Simplesmente bolei aquilo na hora.Fale ida foram mais sexy que consegui,Ela me olhou e deu um sorriso.

-Adorei!por que não recita outro?

- Pra que recitar se posso fazer melhor ? avancei nela e peguei na parte de traz do pescoço e beijei seus lábios, não sei ao certo como fiz aquilo,senti seu corpo amolecer e parei.Não sei ao certo porque ,mas parei.Senti um peso no peito,então voltei e me sentei no sofá.

- Por que parou? Perguntou.

- Não sei.

.Ela se levantou e sentou do meu lado,Olhou nos meus olhos e disse:

-Você ta apaixonado.

- Como sabe ?

- Seus olhos não mentem.Seus lábios também não.Os melhores beijos sempre vê mdos lábios preparados para outra pessoa.

- anda lendo muito Shakespeare..

.Ela soltou uma risada, e logo depois lá estava eu contando para ela minha estória.Acendi um cigarro e ofereci um a ela, disse que fazia mau a saúde.Ótimo! ela tem motivos para ficar saudável.

-Por que não vamos a algum bar ? Perguntou ela.

- Vai pagar? Perguntei.

Nos sentamos numa mesa dos fundos.Tinha pessoas por todos os lados conversando e namorando.Eu estava com uma medica .tinha que aproveitar,Pedi um uísque duplo.Ela uma água com gás “saúde “

- Vem aqui muito? Perguntei.

- Vinha com meu ex-Marido.

- Foi casada quanto tempo?

- 2 Anos.mas fui feliz só no começo, o filho da puta transava comigo e pensava em outra.

- Idiota. Falei a fim de puxar sardinha pro meu lado.Conversamos por um bom tempo.Aquilo era uma batalha prazerosa,jogava o jogo dela, mas o xeque – mate era meu.Mas fui me cansando no Quinto copo de uísque eu já a apertava contra min,e a beijava.Fomos nos agarrando até o banheiro das mulheres,não ligava para os garçons ou as pessoas, nos trancamos no banheiro e eu a coloquei virada para o espelho, abaixei a calcinha e coloquei.Fui aumentando a velocidade,tava difícil,o álcool no sangue atrapalhava mas acabamos.Nos encostamos em algum canto do banheiro e acendi um cigarro.Ela me olhou nos olhos com os cabelos ruivos atrapalhados e os seio de fora.

A propósito..falei, - Você não me disse o seu nome!

.Era o fim de outra batalha.

quarta-feira, 14 de novembro de 2007

Muralhas

È difícil se espreitar entre as muralhas

quando se esta só

e as batalhas se tornam uma rotina

e as canelas doem, a alma grita em silencio.

Aquilo que se chamava coração, não se tem mais nome


È difícil,enquanto vocÊ corre na linha de frente

As trincheiras somem, e o inimigo já o venceu.


As muralhas caem um dia, mas os espelhos nunca se quebram.


Eu estive em muitos campos de batalhas

Sozinho em meu quarto

E quando não há mais garrafas

As lembranças se tornam facas de dois gumes

e vocÊ ainda espera encontrar compaixão nos jogos ?



AS muralhas caem,para que muralhas mais altas e mais fortes

Sejam construídas.

segunda-feira, 5 de novembro de 2007

Da poesia ao jogo

.Antes ele fora um gênio,agora era um bêbado Cansado e triste.Suas idéias se afogaram com a bebida.Uma garrafa de Jack daniel´s por noite,Vodka a tarde e uma dúzia de cervejas de manha.As coisas ocorreram sem previsão, Ele se formara com honras na melhor faculdade daquela merda de pais.Escreveu teses filosóficas que o tornaram conhecido por todo o mundo.Agora era um bêbado. Do que adiantara toda sua genialidade se agora ele não estava ao lado de seu amor? Ele se lembrava da descoberta que havia feito quando criança,uma tarde nas vésperas de seus 12 anos ,sentado no sofá da sala,ele abrira um exemplar de Willian Blake.Ficara encantado com seus versos e viu a verdade crua e escura ali.Percebeu então que os verdadeiros filósofos eram os poetas.Não os que se auto intitulavam como tal. resolveu passar seus pensamentos na poesia.nunca fora reconhecido.Formou-se em sociologia e filosofia, e após algumas teses se tornou famoso entre os intelectuais. Estava tudo completo , não seria lembrado como poeta ,mas como pensador.
. Ele observara pessoas vazias durante as festas dadas pela alta sociedade,Pessoas controladas como marionetes.Alienadas pelo desejo de vencer que na verdade significara nada,Todos haviam perdido.Éramos animais com roupas,nada mais.
.Ele se se encostou a um canto, e observou.Era o que fazia de melhor: observar. Daí saiam suas idéias.E mesmo assim, nada significavam.Ele era somente mais um espírito encarnado sem um pedaço,como todos ali.Bebia seu vinho e observava as mulheres em seus vestidos apertados.|Então ela foi até ele, calça jeans e sandálias, Sorriso único ,olhos castanhos,Ele sentiu suas pernas tremerem,nunca aconteceu antes.ela o olhou nos olhos e se aproximando cochichou em seu ouvido seu nome, ele não disse nada.Não conseguia dizer nada,estava paralisado.Ela sorriu e ambos deram uma volta ao redor do salão do casarão.Ela falava,ele escutava.NO fim da noite descobriu que ela era filha de Algum outro filosofo,mas que diferença fazia ? todos eram iguais!Antes de partir ela lhe deu seu telefone,e logo as coisas voltaram ao normal, Ele lecionava, ela viajava.Todas as noites ele ficava encarando o telefone ,se perguntando se devia ligar ou não. Por fim não ligou. Um ano se passou.
.Durante um sábado,enquanto ele xingava palavrões Devido a um corte que fizera no indicador com uma faca(tentou cortar uma cenoura)O telefone tocou.ele antedeu .Era ela.Seu coração disparou, suas pernas tremeram.”oi” dissera ela.”o-oi” respondera ele.A conversa durara 5 minutos,e marcaram de se ver num barzinho.Ela chegará lá cedo,com o dedo branco de esparadrapos.Ela já estava lá. Sentou-se ao seu lado.E ela
Continuava linda.O sorriso ainda mais Lindo. Ela falou ele ouviu.Ela a amava ,ela falava.A bebida descia.Beijos,casa dele.Sexo.Ela falou durante todo o sexo.E assim foi durante um ano. E nesse tempo descobriu uma coisa sobre a vida : seu sentido era simplesmente uma trepada com amor no fim de noite , As pessoas buscavam a religião, o trabalho entre outras coisas para buscar um sentido em suas vidas fúteis , mas aquele era o sentido: um trepada com amor.
.A descoberta o mudou.Parou de escrever sobre filosofia e dedicou-se a poesia.Parou de lecionar, o chamaram de louco. No fim de outro ano ela estava grávida.Ele falido.Não se ganhava mais dinheiro com poesia.Logo todo dinheiro que entrava ,ele descia em bebidas.Uma manha acordou e encontrou do seu lado na cama um bilhete.Ela partira e levava o filho.Ele resolveu isso com mais bebida.Por fim acabado, tentou lecionar novamente e voltar a filosofia.Conseguiu. escolas publicas são diferentes de faculdades.Ela voltara.Ele descobriu outra coisa:Ela preferia que ele a ouvisse. Quando ele falava , ela sempre respondia com bofetadas.O fracasso vem sorrateiramente,isso ele descobriu tarde demais.

.

domingo, 28 de outubro de 2007

A maquina de escrever

Era um dia pálido.eu havia acordado cedo, e sentia um peso incomum, que nunca sentira antes.as pessoa no ponto de ônibus pareciam mortas, e eu tinha certeza que estavam, era só parar para conversar com alguma que dava para notar o timbre cansado,como se acahssem que deviam fazer algo.Eu odiava isso(ainda odeio) ter que fazer algo, nunca acreditei nessa besteira.Gostava da liberdade, as pessoa são diferentes, são como Passarinhos que gostam de ficar presos e acham que aquilo é um universo,e ainda cantam.Tem medo da liberdade , medo de morrer por causa dela, mas não sabem que estão mortas, não vivem,CORREM.

.O ônibus chegou depois de um maço de cigarros fumados.Entrei e observei ELES , as marionetes ( È como gosto de definir as pessoas)paguei o cobrador com cara de cu e me sentei nos fundos.logo desci no ponto do meu serviço . 20 minutos atrasado para reunião.

- È andarilho.. Disse Marcel,meu patrão.20 minutos. 1 real perdido para cada minuto.

Era uma regra estúpida da empresa.chegar atrasadod era descontado da ajuda de custo da passagem. Eu era vendedor, e precisava do dinheiro para ir entrevistar os clientes.

- Então como vou trabalhar? Perguntei.

- Isso é problema seu!

.Estava louco , eu estava mais.não disse nada sai calado e fui direto para casa.- O Serviço que se dane!fui a pé .Não tinha dinheiro para passagem.andei um bom tempo.o suor empapando minha roupa. Então eu vi.em um topa tudo vagabundo, eu vi , era a coisa mais linda que já tinha visto alem de minha linda rosa.uma maquina de escrever negra.entrei .Uma mulher que parecia uma maquina de lavar com um pano vermelho na cabeça me atendeu. Perguntei.

- Quanto ta aquela maquina de escrever? Apontei para aquela.

- 80 paus!

- O que? Por uam coisa que já é peça de museu ?

- È. Museu significa coisa rara.Disse a mulher gorda e estúpida.

- Mas não havia jeito, aquela maquina ia ser min há a qualquer custo! Troquei meu celular pela maquina, e fui para casa carregando-a . A balofa tinha me falado que ela havia pertencido a um escritor qualquer. Fiquei feliz .Esperava que fosse dos bons.

.Cheguei em casa , e coloquei a maquina e, cima de minha escrivaninha.puz uma folha e datilografei uns 2 poemas.Senti uma energia diferente.o telefone da casa tocou. Era Marcel


- Onde você ta andarilho ?

- Em casa.

- Não ta trabalhando ?

-Não! Desliguei e peguei um resto de vodka do armário.Coloquei gelo e mandei ver.A maquina me chamava,tinha certeza que havia perdido o emprego. ME sentia livre como não me sentia a muito tempo.Brindei a isso.

Verso as emanações das palavras.

Aconteceu que

um dia

as palavras emanaram energia

e os poemas

soltaram suas criaturas

aprisionadas


O poeta

enxergou

a beleza do pecado


E se desfez do amor

como

as arvores de desfazem

das folhas velhas


E ele caiu

Morto.

Quando de dentro

surgiu a verdadeira vida


A beleza do poeta

surge

da própria destruição

terça-feira, 23 de outubro de 2007

Versos para solidão

Eu me lembro

Foi-se a saudade

Ficou a ilusão


Eu andava entre

as estantes da biblioteca

e você veio até min

Com seu vestido negro

e olhos de lembrança


Eu dormia

e você ficava ao meu lado

Eu vagava entre becos

e você cobrava-me por minha falha




O mundo tornava-se outra esfera

e o sol se calava

quando você sussurrava em meus ouvidos

Mas agora eu não consigo distinguir

o escuro da cegueira

E você melancólica

aparece somente quando não há

ninguém por perto


Não. eu não te amo.

Mas dependo de ti

Para que as estrofes se sigam


Eu sei .o tempo é o maior assassino

ele mata a dor.As lembranças, Mas não os amores

E logo meus olhos se cruzarão com

os dela

e você partirá

e quando retornar

eu estarei pronto, para maltrata-la


Vocês têm muito amantes

Matou muito deles

e agora mandada pelos meus erros

quer levar-me a decadência


È amiga dos poetas

Eu sei.

Mas ela é meu motivo

Você

uma cobrança

uma conseqüência.

O escuro da multidão.

terça-feira, 18 de setembro de 2007

A merda de onde veio

.Voltara para casa cabisbaxo,A noticia acabara com ele."Como?" pensou"PRINCIPIO DE CIRROSE?"
A bebida era como uam bengala.Nescessitava dela,assim podia seguir em frente.Estava certo que uma garrafa de uisque por noite era exagero, mas o mundo tinha suas flechadas , era barulho por todos os cantos , pessoas matando pessoas.Perdiam 8 horas diarias de usa vidas para trabalhar em troco de miseros trocados enquanto algum filho da puta enrriquecia. Era triste. ele era triste.
Chegou em casa , tomou o remedio receitado pelo medico(89 paus o frasco) e deitou. quando o sono começara percbeu que esposa não estava,Deixara um bilhete:

"Querido
Estou indo embora,você não passa de um bêbado filho da puta. O otavio , ele sim me entede. Adeus."

Começou a dar risadas, e depois não conseguia mais parar. De repente sentiu um mal estar, um gosto ruin na boca, Cuspiu . na saliva havia sangue.Levantou-se e de bermuda e chinelo andou até o bar da esquina, estav cheio. pessoas por todos os cantos , dando risadas.namorando ,sendo felizes.COMO CONSEGUIAM? nã ovia mo mund oque construimos? qual o segredo delas? o que elas sabiam? deixou de pensar nisso.PEdiu ao barman uma dose dupla de teachers.bebeu nu mso gole.pediu outra. na oitava resolveu pedir logo de uam vez uam garrafa.Deposi de alguns goles sentiu algo estranho, de repente estav feliz, algo novo viria.Corre upara o banheiro e vomitou,era pur osangue que saia,cambaleou e desmaio, se ucorpo caiu como uma pedra, sua cabeça direto no vaso, agua e vomito entrando pelas narinas.

Foi encontrado morto de quatro com a cabeça enfiada no vaso voltou para "merda de onde veio"como dizia a ex -esposa.

Carta de despedida

.Carregou o rifle e sentou em frente a lareira. O que será que Ernest sentiu ? foi rapido? o que virá depois ? resolveu parar de pensar nisso e começou a escrever a carta de despedida :

"Querida Alice, sinto por tudo.. "

-Não ! melosa e tradicional demais!amassou o papel e jogou na lixeira.recomeçou :

" Alice por mais que eu tenha tentado.."

-Merda!

Recomeçou:

" Eu errei alice. Sinto mui.."

.Gritou . - Não estou conseguindo nem escrever uma droga de carta de despedida!

.Ele tremia, foi até a adega e pegou uma garrafa de vinho. - Quem sabe agora tenho inspiração ? depois de algumas taças passou pro uisque.Pensou,pensou..pensou..adormeçeu.O suicidio podia esperar.

sexta-feira, 14 de setembro de 2007

Amor e guerra


O barulho das bombas estava por todo canto, rastro de balas e soldados morrendo. Jeremias agachado em um canto da trincheira, olhava a foto de sua amada.sua mão tremia"eles chegarão"dito e feito, o inimigo veio por todos os cantos,Jeremias tinha que lutar para retornar,se preparou e lutou como nunca,dentre alguns estantes todos estavam mortos, mas jeremias ainda estava em pé, ajoelhou-se e vomitou sangue e desmaio.
.Acordou na enfermaria,a operação havia sido difícil, mas ele sobrevivera, fora pra casa
ver sua amada.Chegou numa tarde quente.A fazenda era a mesma de antes de ele ir para a guerra, o celeiro o mesmo.apos ver sua mãe, pai e e 2 dos 3 irmãos, ele fora para a casa de sua amada vê-la.Não estava.Foi até o celeiro e a encontrou aos amassos com seu irmão do meio,Jeremias viu seu coração se despedaçar, preferia ter morrido na guerra, não disse nada, alistou-se novamente e como chefe de batalhão voltou para a guerra.

Enquanto estava na trincheira, olhou a foto de sua amada,rasgou,levantou-se e caminhou em direção a linha de tiro do inimigo.

quarta-feira, 12 de setembro de 2007

Telefonema e confissões

-Alô?

-Matheus?

-Opa! como vai Sandra ?

- To bem, e você ?

- Com sono e bêbado ,fora isso tudo bem..

- Aqui.Preciso de uns poemas seus..

- Porque?

- Vai ter um recital no colégio..

- Não.

- Hum ?

- Eu disse, não.

-Porque ?

-Recita num colégio?que merda..

- Ah vai, me arranja alguns..

- LÊ Drummond pra eles.porque tem que ser o meus?

- Não gostaria que suas obras fossem conhecidas?

- Por quem ? por uns idiotas que não conseguiriam ver poesia nem se esfregassem na cara deles!?

- Seu grosso!

Desligou.

2 minutos depois.

-Alô..

-sou eu de novo..

-Porra Sandra, em relação aos poemas..

-EU TE AMO!

- Hum?

- Eu disse que AMO VOCÊ !

- c ta bêbada ?

- não.

- essa é uma revelação um pouco estranha..

- é ..

- E o Otavio?

- ta dormindo na sala, tava vendo o jogo..

- não foi bem isso que eu perguntei..

- Ha, não sei..

- Sandra vai dormir, vamos esquecer isso..

- não. Eu realmente amo você

- ta.eu não te amo.

-Eu sei você ama a tal da ca..

-È.

-Hum.Quer trepar?

- há!? olha ,você é bonita e tem um belo corpo, mas não. O Otavio é meu amigo!

- Eu termino com ele..

- Serio mesmo. Você ta bêbada?

- não. Mas vou confessar, temei uns antidepressivos..

-Ah, explicado.Vou desligar..

- E quanto aos poemas?

- prefiro trepar com você!

- Então eu to chegando.

-Você mora em contagem Sandra, vai chegar tarde.Esquece isso ,agente resolve isso depois..

-ta. Mas vai me emprestar os poemas?

- . . .

-Alô? Matheus ?Al!?

Morte e dia

Quem nunca morreu

ao acordar?

Quem nunca

viveu

em meio aos

mortos

de cada dia ?

segunda-feira, 10 de setembro de 2007

Sentidos

Eu não preciso me espreitar

Entre becos escuros

Nem me alimentar

Da maldição do fracasso

Quando tudo que tenho

São meus olhos e ouvidos

Os laços

Serão desatados

As palavras

Somente são

Palavras

quinta-feira, 6 de setembro de 2007

hipóteses e escolhas

Estou cercado
por todas as hipóteses
e há o preço da escolha
e não a nada
a ser admirado
pelo mundo
moldado
pelas marionetes

Carros
lavanderias
dicionários
seringas..
garrafas
assim como
descanso em tabaco
com sua fumaça adentrado
em meus pulmões

tudo a ser visto
e sempre algo
a fazer
como o sexo
ou o amor
e rosas a serem
colhidas
hipóteses
incertezas
e o
inevitável

quarta-feira, 5 de setembro de 2007

Paraíso trancado

.Os portões do paraíso estavam fechados quando cheguei.havia uma enorme fila que dava a volta pelo lugar.50.000.000 de pessoas na frente, e sem nenhum sinal de anjos ou do porteiro .

- O que ouve ? perguntei para o primeiro.

- Não sei. Cheguei aqui a mais ou menos uma hora.

- Merda..

.Resolvi da uma voada ao redor,e encontrei um outro anjo que voava por ali também.

- Como vai Miguel ?o que anda acontecendo por aqui ? encontrei alguns recém chegados de um planeta vermelho que se auto destruiu agora a pouco..

- Ah, você viu que horrível?

- È, guerras..Os seres racionais sempre fazem isso.

- Ouvir dizer que o criador anda com planos de um novo mundo..

- Eu sei.o planeta ao lado daquele vermelho.

- E é essa a razão de tudo se encontrar do jeito que está agora.esse planeta já está povoado.acho que ele vai fazer uma “troca”

- Troca ?

- É. Os répteis gigantes que estão lá não Adam conforme ele gostaria, E mais,ele vai separar o continente que tem lá em algumas partes.

- Colocará o lugar os humanos!

- Porra! Todo mundo sabe que isso nunca da certo.eles sempre destroem uns aos outros e inventam coisas que acabam com o planeta.

- È . Mas depois deles está prevista uma outra troca. Alguns insetos chamados baratas..

- Hum..E por onde anda o anjo porteiro?

- Foi Expulso..

- Como ?

- Você sabe que deus andou muito ocupado com esse novo projeto, e o espertinho quis tomar o lugar dele,fazer uma revolução..

- Isso eu sei, ele era o braço direito de deus hein , teve sorte de ser rebaixado a porteiro..

- Pois é . Ele tentou continuar com a revolução e foi expulso. Dizem que ta construindo um lugarzinho quente pros condenados..

- Hum.Quem será o novo porteiro?

- Eu.

- Porra. Que sacanagem..

- É. Tenho que ir que to encima da hora. Mas antes tenho um aviso pra ti..

- O que é ?

- Deus pediu me mandou te avisar que é pra ti da cabo dos répteis lá..

- Merda!

.Miguel se voou até o portão. Voei de volta ao espaço sideral pensando no que faria para resolver aquele problema. Então percebi que vinha um meteoro dos grandes em minha direção, e uam idéia fluiu,era simples eu o rebateria em direção ao planeta e tudo estaria resolvido.Preparei minha rebatida enquanto ele vinha.E assim foi feito.Um trabalho simples e rápido,mas com serias conseqüências..

terça-feira, 4 de setembro de 2007

cacos

Não sou aquilo que temes
sou o teu olhar refletido no espelho
sou fragmento de incertezas
e sou a certeza de teus fragmentos

O que não nos torna ao todo uma muralha
é o que nos torna tijolos de lembranças esquecidas
Eu sou uma certeza de que há duvidas
Eu sou teus passos no escuro
Sou uma resposta inacabada
em papel de manuscritos em branco
Onde a certeza não está escrita
e as duvidas se tornaram respostas

Sou cacos de um espelho sem medida
somos uma corrente sem fim
De todos me tornei o que está ao seu lado

segunda-feira, 3 de setembro de 2007

Lado oposto

Os caminhos sempre se entortam

Assim como os andarilhos

vão para o sul

e procuram portas laterais

Eu estive do lado oposto

da sua porta

enquanto estranhos tocavam

o ceu

e as estrelas fecundavam a luz..

domingo, 2 de setembro de 2007

Caminho para a forca

Eu me dei minha própria sentença

E os erros formaram buracos no caminho

E no fim apos alguns tombos

Irei para a forca preparada por min mesmo

e espero que

quando o ar faltar em meus pulmões

minha ultima visão seja a

tua

e que luz em minha mente

se apague como o calor

de seu abraço..

Sobre a solidão

Lembro-me de uma época em que eu andava de um canto a outro do colégio sem ter contato com ninguém,Homens e mulheres.Ninguém.E me sentia bem.A solidão é uma amiga fiel, é bem verdade que não tem conselhos muito bons,mas ajudou ,de certa forma. As pessoas começaram a querer me atacar, e percebi que corria risco de vida e sanidade.Não há escolha.Ou você se infiltra e joga o jogo deles ou se afasta e se torna um alvo.As pessoas não aceitam solidão e nem há entende.E julgam quaisquer um como fraco e/ou inimigo se este escolhe-la como companheira.Um exemplo de que isso é um erro são as cidades, as grandes cidades pelo menos,agente se amontoa um nos outros afim de gerar progresso e só conseguimos destruição um dos outros e barulho infernal.Eu vejo as pessoas passaram nas ruas,cabeça baixa olhar fundo. Elas temem o futuro, e o futuro inclui simplesmente pessoas na jogada.Elas temem o que os outros farão com elas , exemplo:Seu chefe no seu emprego de merda,Um maluco bêbado ao volante ou um coitado que sulgaram tudo dele e não tem outra escolha a não ser sugar tudo dos outros.
.Uma pessoa que se isola de tudo e de todos, é uma pessoa que aprecia o silencio/sossego e essa pessoa se livra dos pensamentos criados por ela mesma a respeito de outras pessoas e a beleza ao redor que antes parecia escondida aflora e simplesmente a mente da pessoa e o espírito também.O problema é que se essa tal pessoa retorna ao contato com as outras, esta é taxada como louca.Por que simplesmente ela vê o que realmente tem que ser visto e isso pode custar há ela a própria vida.
È claro que há também aqueles que já foram tomados completamente,como diz uma amigo meu, estão “condicionados” e essas pessoas ficam tão agarradas aos outros, que quando a solidão vem , elas a taxam como maldita,e suas mentes estão tão atrofiadas que acabam até tirando a própria vida ( O que em certos casos não é tão ruim assim).Elas não entendem que a solidão é um acerto consigo mesmo.E nem percebem que elas próprias buscam solidão.E muitas vezes se traçam em algum lugar depois de uma briga, mas acabam esquecendo que fizeram as passes e que a PROPRIA solidão as salvou.
Há quem me questione quando digo isso tudo.E quanto ao casamento? Perguntam com aquele sorriso de merda,como se falassem“te peguei” Eu digo simplesmente que o casamento é uma forma de solidão.Por que você se casou para encontrar uma cara metade, não é o que todos dizem?e simplesmente o casamento é uma necessidade da pessoa em si de achar alguém que a entenda e a sacie de seus desejos.mas os erros se mostram com o tempo e aquela pessoa que você escolheu para “fugir” com você,acaba lhe trazendo mais no que pensar.Não é perfeito, e não pode dar certo a não ser que você aceite que cada um tem sua solidão, e que isso é uma coisa individual(daí o nome).As pessoas sentem a solidão e a rejeitam,todo o tempo.Porque acreditam ser algo ruim.Mas é algo inevitável.O ruim é ter pessoas ao seu redor todo o maldito tempo, elas não ajudarão em nada ,nem em seu crescimento. Mas só trarão problemas.Um atrás do outro. E meus PAIS?Eu cresci com eles ao meu redor! Bom. Isso é inevitável e preciso.
Mesmo crescendo em um maldito orfanato ,você terá quem o ensine a andar e a falar.e tendo mentores como pais e responsáveis, você também terá tabus passados por eles,eles fazem mais do que ensinar a andar se comportar ( sempre de uma forma medíocre) e a falar eles lhe ensinam obedecer certas regras que deveriam ser quebradas.Como a religião e O MAL DA SOLIDÂO! Um grande erro.E não importa o que você faça, esses erro de seus pais seguirá contigo até o fim de seus dias.
.O contato em si, com as pessoas é uma batalha constante e inconsciente.Nos olhares cruzados e nas conversas.Já reparou que conversamos com outra pessoa falando sempre sobre nos mesmos ou sobre o quanto somos superiores enquanto aos outros?A vida se resume a Necessidade inconsciente de fugir, o resto são batalhas.E é bom lembrar que PRIVACIDADE é diferente de SOLIDÂO.e nesse exato momento estão passando pessoas aqui onde estou escrevendo (Na copa de minha casa) e estão enfrentando umas as outras, reclamando e(meu irmão e minha cunhada discutindo.Meu irmão se trancando no banheiro com o radio ouvindo o jogo e gritando para minha cunhada que está do outro lado da porta) é simplesmente a busca por solidão e a fuga das batalhas que nos acometem no dia a dia.E o mais ridículo disso tudo é, nos causamos a nos mesmos as batalhas quando buscamos o contato um com o outro.As doenças transmissíveis são um prova da desgraça que isso pode nos acometer.Não digo para nunca termos contato. Mas digo para diminuir o tal em mais ou menos 80 % .Agora vou dar uma volta pelo bairro, procurar solidão e sei que não vou encontra-la.Para vocês que a buscam, boa sorte. 02/09/07.

sexta-feira, 31 de agosto de 2007

Aviso

Atenção senhoras e senhores(Como se eu tivesse muitos leitores)mas agora começarei um período em que postarei algumas colunas e ensaios que escrevi quando estava em meus dias de bebedeira e sem trabalho.Tentei ao Maximo tirar as palavras de dentro para fora e acredito que vocês verão que elas estão com uma pitada de euforia alcoólica.Por isso desejo que deixem suas criticas e se quiserem podem me chamar a vontade de louco( O que duvido que não acharão de min depois de lerem algumas linhas,na verdade já estou acostumado)haverão poemas e até contos( Como vocês podem ver era o que se resumia esse blog ) entre algumas das tais postagens.

Vocês verão desabafos e baboseiras minhas sobre o trabalho,religião,vícios e demais assuntos.Peço que não se assustem com o linguajar que usei em alguns de meus textos.Grato e brindarei a essa fase louca e tola.

O preço da palavra

Existe o preço da palavra

a se pagar

e como juizes

eles cobram

uma resposta


Há sempre explicaçoes

a dar

ha tudo e a todos

E somente deixando

o passado

no caminho que se

segue

poderá se esconder na nevoa


Assim tua palavra

será livre

do preço

e das correntes da mentira


E deixaras de ser um homem

que vestes teu passado

e sers livre e nu

como o futuro..

domingo, 26 de agosto de 2007

Fogo da superfície

Sou mais um que chegou a superfície
E o ar queima como fogo
Mas há tanto a ser desprezado
E tão pouco a ser visto..

Como obtenho força
Para pegar em minha caneta?
Se a uso para expulsaste de dentro de mim

As palavras custam caro
E não tenho o por que de compra-las

Mas respiro!
Mesmo que seja o fogo do acaso
Eu respiro
Minha deformidade interior
Somente pode ser vista
Aos meus olhos

E o maior acusador
É meu reflexo
Encontra-se e mtoda agua e espelho
E me segue como uma lembrança

Não a violações capazes de trazer
De volta as palavras
Pois é necessário
Respirar esse fogo sagrado
e consumidor

Mas eu corro contra o acaso
quando abro meus olhos
E respiro
Não há mais necessidades


E o fogo me consome
Ele me muda
E arde em mim
Como o amor simples
Como uma violação
Como os erros

E a única violação necessária
É a mudança interior..

quinta-feira, 23 de agosto de 2007

Poesia do ódio

Ressuscitar lembranças

Mortas

Acordar no escuro

Sufocante

e ouvir vozes do

silencio


Não são o aviso

Que deve

Partir


As palavras podem ser

Roubadas


e simplesmente há

e NÂO Há

poemas de amor o suficiente


Os poemas de ódio

Sã recitados

pelas vozes do silencio


Não podem ser

traduzidos

segunda-feira, 20 de agosto de 2007

fagulha do silencio

Todo o silencio
derramará
ao som do pensamento
vivo e ardente
e dominará
com seu cheiro
opaco e doce
o campo de batalha

Como uma fagulha

como um amante
em uma trincheira

O silencio sempre retorna.

domingo, 19 de agosto de 2007

Calmaria

Vesti minha jaqueta preta e sai para dar um volta,enquanto subia a rua um vento frio bateu em meu rosto, mexeu meus cabelos e senti uma paz que não sentia a meses.Acendi um cigarro e fui até a praça da esquina, havia calmaria lá, algo realmente difícil de encontrar

Especialmente se você for uma pessoa atormentada como eu.Sentei-me em um banco gelado e então ouvi um barulho opaco um pardal caia morto bem do meu lado. De repente a calmaria ficou perigosa, sai dali.Realmente a morte se espreita no silencio.

ecos da noite

A noite se calou
e os ecos
são
mais uma forma
de jubilo

não há passos
e não há
seguimentos
que façam
as damas
cantarem de novo

a muito escreveram
versos
chamados esperança
e os
que seguiram
se esqueceram

a pouco
se desfizeram
os acordes

e sempre esperam
o amanhecer
mas há
somente ecos lá fora

quinta-feira, 16 de agosto de 2007

Não é..

.Não é o que dizem
Que causa a ruína
É o modo errado que
exerces sua força
ou o modo
como a cria.

.Não é o vicio
que leva a ruína
mas a ausência
do controle
sobre ele

.pegue sua bengala
mas não se apóie sobre ela
mas a use como
um terceiro pé

Ter a necessidade
de te-la
é como navegar
na tempestade
com o casco furado
onde o perigo
não é estar
na tempestade
mas sim
não saber navegar.

sexta-feira, 27 de julho de 2007

O desaparecimento da alvorada

Meu bem , sonhou hoje ?
Não ? que bom!
Os sonhos são pinturas distorcidas
são muros insolitos
Uma ilusão toxica
O desaparecimento da alvorada
Porem
Nunca acorde
Mesmo que os sonhos te ferirem
Porque acordar
É se jogar para a morte
Em um mundo solido
De pinturas borradas
Onde o pintor
Ainda dorme.

domingo, 24 de junho de 2007

Sal da noite

A solidão é a entrada para o passado

A lembrança: sua mascara

Eu sou seu fragmento

E seu resultado

Ando descalço sobre o sal da noite

Acordes de amor são lançados ao nada

E eu ouço ecos das muralhas do fim do mundo

A solidão passou por lá com sua triste mascara

E eu cavalguei ao seu lado

Triste,calado sem uma mascara

O rosto nu livre ao vento..

Em um mundo de condenados

Meus passos são curtos e pesados

Deixo marcas nesse deserto de sal

Eu sou um elo,Você é minha corrente

Somos cavaleiros sem mascara.

terça-feira, 5 de junho de 2007

Duelo

O pistoleiro ja estava com os dedos médio e indicador no cabo de marfim de uma Colte Walker .A quase 8 metros de distancia Madeleine a linda pistoleira com seus cachos louros e olhos de prata.Ela o encarava, também com os dedos no cabo de seu revolver prateado reluzente a luz do sol de meio dia.
O pistoleiro não sabia o que sentia, talvez um misto de medo e paixão,o Relógio do alto da torre do centro da cidade toca, ouve-se o barulho de um disparo no ar,As pessoas que assistiam ao duelo sussuram sem acreditar. O pistoleiro cai, com uma bala no coração,seu corpo treme,ele não sacara a arma,deixara ela atirar.Madeleine com passos curtos chega até ele:

- Por que não sacou sua arma?

- Tive medo de mata-la..(tossiu e escarrou sangue)

- Por que? Olhou em seus olhos, viu que uma lagrima descia no olho esquerdo do pistoleiro.

- Por que eu te amo..Virou para o lado e morreu

Naquela tarde Madeleine levou o cadáver do pistoleiro e o deixou no deserto para que os abutres o devorassem , voltou para a cidade e após umas doses de whiskey transou com o xerife.

sexta-feira, 1 de junho de 2007

Vida de coiote

Acordei um uma dor de cabeça que parecia uma bomba relógio preste a explodir.As únicas lembranças que eu tinha em minha cabeça eram a minha entrada no bar , o pedido de uma dose de whiskey ao garçom ,e depois flashs de uma conversa com um cara.Não imagino como cheguei em casa.Desde que acordei reparei outra coisa, meu braço: Está dormente.Olho pro lado e não é por acaso, Tem uma mulher encima dele!e muito feia por sinal Pelo visto estou na casa dela, ou em um hotel barato.Tento retira-la de cima de meu pobre braço mas ela sussurra algo que não entendo,Mata-la?mastigar meu braço feito um Coiote ?isso me causaria sérios problemas e também muito trabalho.Não, tenho que pensar em algo melhor.Tento me lembrar onde a conheci, mas nesse momento, não lembro nem o meu nome.
.Ouço batidas na porta, e gritarias. È o marido dela,dessa vez é inevitável, tenho que acorda-la, dou três cutucões nela: nada.Bato em seu rosto: Nada. Checo seu pulso: Merda! Ela ta morta.Tiro o corpo de cima de meu braço, e resolvo pular a janela :Estou no décimo segundo andar de um hotel vagabundo.Entro no quarto,coloco minha roupa e abro a porta esperando minha sentença final, O marido dela me olha,e eu surpreso reparo que é o tal cara da minha lembrança.Ele calado vai até a cama,Checa o pulso dela ,volta e fala:

- Certo..como combinado,Dois mil. Entregou - me um bolo cheio de notas de cinqüenta.

.Resolvi ficar calado e ir embora enquanto ele cuidava do corpo,A ressaca havia passado,Então aprendi algo:Quando estamos bêbados, aceitamos qualquer trabalho.

domingo, 27 de maio de 2007

Pequenas mortes

Eu nas noites de marfim

Sussurro em meio ao meu silencio sofrido

Procurando na escuridão

Um motivo para parar com as perguntas

E não é a esperança tão impiedosa ?

Como uma prostituta que em sua primeira noite de amor

Se torna uma virgem experiente?

Já me senti livre

Dentro de meu próprio labirinto

E quantas vezes ressuscitei

Apos morrer tantas vezes por amor?

E por você minha rosa

Eu morreria mil vezes

E com você minha rosa

Eu teria incontáveis pequenas mortes

Como dito na França esquecida

O orgasmo, a suplica da alma, a boa melodia

Porque embora eu não me mande

Eu sou teu, e me prendo a liberdade

De poder e fraqueza do amor simples

De nos unirmos

E assim descobrirmos que

O orgasmo do amor

Compara-se a sinfonia do paraíso

E a perda do mesmo

se compara ao ódio de um demônio ateu

segunda-feira, 14 de maio de 2007

Meu terapeuta imaginário

.Ela chegou em minha casa a meia noite, eu já estava bêbado só de cuecas e desacreditado, havia deixado a porta aberta para que ele entrasse de uma vez,avisei a ela por telefone , não conseguiria chegar até a porta no estado em que tinha certeza que estaria.

.A cerveja e a tequila estavam quase no fim, encostei-me no sofá e dei uns goles de leve,as luzes estavam apagadas e e ufiquei ali, um insano apreciando a escuridão.no escuro tudo era simples, os pensamentos chegavam com mais nitidez, mesmo eu estando bêbado.Na verdade eu acreditava que quando eu estava bêbado podia pensar com mais clareza o que era uma loucura.Eu estava perdido e gostava disso, é horrível ter um roteiro pra seguir, quando você resolve seguir alguma coisa a esmo as coisas interessantes acontecem.Olhei para o relógio 00:30 ela estava no banheiro e não saia de lá.

"Ela ta demorando muito"falou Blake.

.Olhei para o lado e ele estava lá sentado em sua cadeira imaginaria de balanço ,com seu terno azul barato e cabelo penteado para trás, seu rosto refletia o meu,Eu o chamava de blake por que ele sempre citava blake quando me dava conselhos.nunca percebi semlhança alguma com as frases que ele dizia é seus conselhos, ele estava louco.eu estava louco.E ambos gostávamos disso.

-Ah você de novo..

"É"

-Por que você sempre chega nessas horas?

"Porque é quando você precisa de min. Sabe que não via conseguir nada bêbado desse jeito, o sexo não dá em nada"

-Trepar!Prefiro o termo trepar!Acredito em sexo somente quando ah amor..

"hum,meu caro, quando vai aprender que amar não vale a pena?"

-Nunca..

.Ele soltou uma risada alta , muito alta ,daquela que se dada por uma pessoa real poderia ser ouvida por todo quarteirão, mas somente eu a ouvi

"Ainda pensando nela..Você é um iludido"

.Não disse nada, talvez ele estivesse certo. A mulher que avia tomado meu coração não estava naquela casa.Talvez estivesse com outro.Talvez me achasse um idiota. Eu era um idiota apaixonado.

"Não se lamente.esqueça ela. tenta fazer amor com esta mesmo."

- Fazer amor? Soltei um riso baixo e dei um longo gole na cerveja.Ela saiu do banheiro, estava toda molhada e nua, foi até mim e sentou no meu colo, não fiquei excitado.

-Por favor..vá´embora..

-o que?

-Quero que vá embora.

-Olha não importa se você não quer trepar.Quero meu dinheiro.

-Em cima da cômoda ao lado da tv queimada.

.Ela me olhou nos olhos,BLake Havia sumido.Podia ouvir suas risadas.

-Vamos.Vamos trepar. Faço o serviço completo..

-Não.Olha, sou virgem, tenho quase vinte e sou virgem.Pensei bem e não quero que seja com uma prostituta.

.Ela ficou calada ,seus cabelos louros tingidos cheiravam a xampu barato. Meu xampu.ela pegou minha lata de cerveja e deu um gole.Levantou-se se vestiu com seu vestido barato e saiu,não pegou o dinheiro.Senti-me mau.Cambaleei até o banheiro,havia vapor por todos os lados devido ao banho demorado dela. Ajoelhei-me e vomitei, uma jato de vomito escapou e sujou o boxe, dei uma risada e soltei outro no chão. Não conseguira chegar a privada,me deitei de barriga virada no chão frio e adormeci,sonhei com minha linda rosa.Sonhei que estava com ela na frente de uma lagoa e que ela estava com a cabeça no meu colo, e eu estava satisfeito comigo.Era um sonho.Quando acordei vomitei mais,dessa vez no vaso.

.Quando sai do banheiro. Olhei no relógio na parede da sala, quase 11 da manha, estava atrasado para o trabalho e de ressaca, minha cabeça latejava, e eu estava tremendo.Coloquei minha calça jeans , uma camisa social preta e desbotada e um sapato velho.Voltei ao banheiro e levei meu rosto, a água fria quase me reanimou por completa, vi em meu reflexo as olheiras, a barba rala o cabelo grande e negro quase até os ombros,não escovei os dentes ,sabia que o gosto da pasta me faria vomitar,peguei o dinheiro que a puta não quisera e andei até o armazém da esquina, as ruas começavam a ficar movimentadas,comprei uma maço de cigarros e meia dúzia de cervejas para beber no ônibus, era engraçado como a pasta de dentes reviraria meu estomago , mas a cerveja não.

.O ônibus chegou no estante em que eu cheguei no ponto, subi paguei o cobrador que estava com o rosto inchado como meu e me sentei nos fundos.Observei as pessoas sentadas em seus lugares acabadas, algumas provavelmente estavam atrasadas como eu, outras voltando de seus serviços da madrugada, éramos mercadorias, era tudo tão injusto,mas a maior injustiça era que não tínhamos escolha,precisamos sobreviver,comer nos vestir.Dei um gole na cerveja a isso, me senti melhor, a ressaca estava amena, o ônibus chacoalhava me encostei e dormi.

.Sonhei com minha linda rosa outra vez,ela dizia em meu ouvido que me amava, mas durou pouco,uma risada me acordou.Uma risada que superou todo o barulho do ônibus.Era blake.Estava no luar vago do meu lado.

"Sonhando com ela de novo”

- hum..O que quer?

"Conversar"

- tenho nada pra conversar.

"deveria ir ve-la"

-Ela não quer me ver.Acho que nunca quis.

"Como sabe? Não tenha medo disso, você ainda pode conquista-la"

-Não sou bom em conquistar pessoas.Elas me acham que sou maluco.

"Você não é maluco, ainda não “

.Comecei a rir, a rir auto, todos do ônibus olhavam para o o louco rindo e conversando com uma outro pessoa inexistente do lado.

- Já é tarde. Falei.Estou conversando com meu terapeuta imaginário , sobre uma mulher que amo , mesmo só tendo a visto por foto e escutando sua voz por telefone.

.Balancei minha cabeça e olhei para o lado.Blake Havia sumido o ônibus avia chegado no ponto em que eu iria descer.Eu ainda tinha 5 latas de cerveja,desci e segui para a avenida, a empresa ficava numa curva quase no fim. Andei tomando goles, a cerveja tava quente a ressaca quase passando, mas eu estava calmo,uma coragem tomou conta de mim, quando cheguei as cervejas Haviam terminado segui até minha ala de trabalho.

.Havia malditas maquinas por todos os lados, Homens com seus macacões laranjas manipulando pinças de aço e soltavam e parafusavam.Fui até o trocador,vesti meu macacão e pus o capacete,os óculos de proteção e os protetores de ouvidos,fui até minha ala ,até minha pinça.Era uma espécie de geringonça robótica com uma pinça de uns 2 metros no final.Havia duas alavancas e um botão vermelho na ponta da alavanca esquerda que ativava o soldador.CO ma pinça segurávamos a lataria e a soldávamos.nunca entendi direito o porque daquela merda.Comecei o trabalho,não pensava em nada.Estava concentrado, senti que alguém me cutucava.Parei o trabalho e me virei.Era o instrutor.

-Por que chegou atrasado. Orestes?

- Não sei.

-Como não sabe?

-Acho que acordei um pouco tarde.

-Vai tomar uma advertência. e caso se atrase de novo será demitido por jsuta causa.

Não consegui conter minha ira.Levantei meus óculos e olhei em seus olhos.

-Olha aqui seu filho da puta.Eu trabalho nesse merda a quase 5 anos. acho que tenho direito de chegar atrasado pelo menos um dia.

- Um dia ? Eu te conheço Orestes.Essa não é a primeira vez.

- Sabe de uma coisa? foda-se.

.Atirei meu capacete para longe junto com os óculos protetores e também os protetores de ouvidos, e sai.Fui a gerencia e resolvi tudo , peguei o acertado e parti,sai com quase 1000 paus dali.Lá fora tudo aprecia mais belo,melhor, eu tinha 1000 paus e não voltaria para casa.Fui a rodoviária e escolhi um ônibus aleatoriamente, peguei um para São Paulo. Não gostava de aviões ,por isso decidi pelos ônibus.Aviões eram uma espécie de loucura, vc atravessava o país em poucas horas, e o espírito da viagem era anulado,isso caso na houvesse uma turbulência seria e todo mundo não morresse.

.Subi para o ônibus e peguei um lugar nos fundos no lado da janela ,acendi um cigarro.Enquanto o ônibus saia ,fui vendo os prédios passando e a cidade ficando para traz.Minha linda rosa também ficava para traz, Agora eu era um homem livre.

terça-feira, 27 de março de 2007

Um dia vazio,uma igreja vazia.

.Resolvi ir a pé para o colégio,nada de mais só 8 quilômetros, comprei um maço de cigarros com o dinheiro da passagem e segui fumando,pensei em mulheres,pensei em meus poemas e pensei se devia ir mesmo para o colégio.Então resolvi ir para um bar,Entrei.Estava vazio, e eu somente com 10 centavos do dinheiro que havia sobrado da passagem.dei meu relógio de 45 reais para o barman e pedi uma garrafa de vodka, bebi metade dela no bar e virando a outra metade enquanto voltava,Céus!Meus passos entortavam,na metade do caminho parei em uma enorme mangueira e vomitei em sua raiz, um vomito sem cor,quase toda vodka que eu havia consumido saiu ,tudo bem..Tenho mais na garrafa. Encostei-Me em um muro cheio de buracos e logo me senti invadido pelo sono,”não vá dormir agora !não agora!.Céus! já estou dormindo.”Aquela rua estava vazia (Céus o dia todo havia sido vazio !),dormi até quase 23:30,enquanto dormia sonhei com um rapaz que me olhava de cima a baixo, ele vestia um terno italiano preto com listras vermelhas o cabelo estava penteado para traz seu rosto era idêntico ao meu, seus olhos totalmente negros."Quem é você?"

"Sou o seu refugio das correntes”

"Merda!que desgraça de correntes são essas?

"O cotidiano vazio e ambicioso que lhe cerca”

"e agora o que vem depois?"

"Isso"

.Ele colocou a mão em meu pescoço quase me enforcando ( Tinah uma força imensa) ,me levantou e olhou nos meus olhos ,então ele recitou um verso de Willan Blake: “Deixa que o vento do oeste

Adormeça sobre o lago

Fala em silencio com os teus

Luminosos olhos.”abriu minha boca e vomitou dentro dela um liquido vermelho que desceu minha garganta e tinha o gosto do melhor vinho que eu havia tomado em toda minha vida,logo senti um enjôo muito grande e acordei quase sufocado,encostei-me na mangueira e vomitei novamente,sentei na beirada da calçada, minha cabeça latejava,e uma grande sede se apoderou em mim, aquela estava sendo a pior ressaca que eu havia tido até aquele dia,fechei meus olhos e cobri meu rosto com minhas mãos,uma voz suave ecoava em minha mente "observe..observe..observe..".tentei outro gole da garrafa,mas voltei tudo em cima de uma fileira de formigas que trabalhavam carregando suas folhas a beira da calçada.Observei elas tentarem sais daquele líquido espumante e transparente que saiu de mim," esta vendo?" disse a voz em minha mente" do que adianta trabalhar em meio aos outros de sua sociedade carregando suas folhar para garantir seu futuro e perder seu presente? Se logo alguém maior pode vir e vomitar em você?” A voz suave tinha razão,merda!que vontade de fumar! Acendi um cigarro e fumei deitado na calçada, ninguém aparecera naquela rua desde que eu chegara ali, a voz havia se calado.Uma forte ventania começou as folhas caídas do chão foram arrastadas pelo vento, criando um lindo espetáculo de folhas dançantes,Fiquei maravilhado.

.Aquele espetáculo durou cerca de 5 minutos, quando terminou meu cigarro já estava queimado até a ponta do filtro,percebi atreves do relógio da torre de uma igreja na esquina que já eram quase meia noite,me levantei ,urinei na mangueira ,joguei num canto a garrafa de vodka ,peguei minha mochila e segui até a igreja.

.Quando cheguei em frente a igreja estava meio grogue ainda ,mas pude perceber todo seu esplendor, era realmente uma linda igreja branca com seu telhado triangular e suas três torres ,uma a direita,outra a esquerda e uma ao meio com um relógio e seus ponteiros.O portão estava fechado, e provavelmente trancado.Eu estava com sede e não havia por perto nenhum lugar aberto onde eu poderia arranjar água,então resolvi pula-lo e ver o que encontrava no interior da igreja.O portão era de grades, horizontais e verticais,eu o escalei facilmente até seu topo, naquele momento percebi a merda que fiz.O portão estava destrancado! Estava simplesmente encostado, eu não o checara,ela não balançara em nenhum momento enquanto eu subia,até eu passar para o lado de dentro e começar a descer.O portal balançou até bater no muro de dentro junto com minhas costas senti fortes fincadas nas costas e estremeci, minhas mãos ficaram fracas e não pude mais segurar as grades.senti meu corpo cair,naquele momento tudo ficou esclarecido, senti que o tempo avia parado.Senti-me leve,Mas tudo logo acabou-se um arrepio correu minha espinha e senti meu corpo cair em uma grande velocidade me virei enquanto caia e vi o chão marrom coberto de pedras se aproximar, consegui me virar rapidamente , pude ouvir em minha mente antes de tocar o chão a voz suave dizer “diga olá ao barqueiro” e logo uma um tombo desagradável ocorreu.

.Fiquei imóvel durante algum tempo, e então levantei-me,Meu braço direito doía muito, e eu tinha dificuldade para respirar.A idéia de observar a igreja se tornou ridícula naquele momento.Fui até a rua e segui até uma ponte em frente a igreja.O trem passava naquele momento fazendo um barulho estrondoso,havia algo em minha garganta que incomodava,cuspi.Era sangue.Dei uma risada e acendi um cigarro,minha cabeça voltara a doer, O relógio no auto da igreja apontava meia noite em ponto,As rua estava escura e eu sentia dores o suficiente para não conseguir voltar para casa.Resolvi então entrar na igreja,passei pelo portão ,apaguei o cigarro ,dei a volta e encontrei uma portinha de madeira nos fundos.Entrei.Não havia ninguém,(Mais um lugar vazio num dia vazio) , passei por algumas salas cheias de velas e entrei no salão principal.Vários bancos largos de madeira em duas fileiras e varias imagens de santos por todos os cantos.Vi uma vazilha com u mpouco de agua benta,me agachei e bebi tudo,as imagens me olhavam e eu as desprezava.Fui até o ultimo banco da fileira da esquerda e me deitei.Ali era calmo,me virei e adormeci.Não sonhei.Fui embora de manha com a pior ressaca que ja tinha tido.

3

terça-feira, 13 de março de 2007

Fardo

Era um fardo

Quando eu andava sem direção

E descartava todos os rumos.

Era um fardo

Nas noites melancólicas

Onde os copos de uísque

Simplesmente desciam

E eu me recusava olhar

Para frente.

Era um fardo

Nas noites de reviravolta

Quando o vomito descia viscoso

E eu tentava expulsar meu vazio

Com ele descarga abaixo.

Era um fardo

E elas chegavam

Oferecendo-me uma entrada

Em suas vidas.

E eu dizia; "não"

Meu coração frio pertence

A outra.

Era um fardo

Quando o peso de minhas

Incerteza impedia

Que eu gritasse

E parasse de odiar

A falta de respostas.

Era um fardo

Quando o romântico

Dentro de min

Calava-se, e eu saia

Noite há fora

Esgueirando-me entre bares

Sozinho com

Minhas idéias esquecidas.

Era um fardo

Pensar nela constantemente

E saber que fui somente

Uma voz sem significado

No outro lado da linha.

Era um fardo

Quando nas manhas

De ressaca sem sentido

Eu acordava cansado

E me forçava a dar

Um leve sorriso.

Era um fardo

Quando via

No espelho

O poeta melancólico

Observador

Um romântico esquecido

Um viciado em

Novas lembranças.

Era um fardo

Sem peso

Sem choro

Sem alegria

Com leves doses

De sarcasmo

E arrogância.

E o pior castigo

Que eu possa ter

E me acostumar a ele

E ficar sozinho

Na escuridão do quarto

E perceber que me acostumei

A ela.

E o fardo se agrava

Quando acordo de manha

E me levanto forçadamente

Por que sei que

Não tenho a rosa

Ao meu lado.

Era incerto, era constante.

Mas era um fardo sem peso

Um fardo só meu...