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"Quando minhas mãos palidas deixarem cair a última caneta em um quarto barato, eles vão me achar lá, e nunca saberão meu nome minha intenção nem o valor da minha fuga" (Charles bukowski)

domingo, 28 de outubro de 2007

A maquina de escrever

Era um dia pálido.eu havia acordado cedo, e sentia um peso incomum, que nunca sentira antes.as pessoa no ponto de ônibus pareciam mortas, e eu tinha certeza que estavam, era só parar para conversar com alguma que dava para notar o timbre cansado,como se acahssem que deviam fazer algo.Eu odiava isso(ainda odeio) ter que fazer algo, nunca acreditei nessa besteira.Gostava da liberdade, as pessoa são diferentes, são como Passarinhos que gostam de ficar presos e acham que aquilo é um universo,e ainda cantam.Tem medo da liberdade , medo de morrer por causa dela, mas não sabem que estão mortas, não vivem,CORREM.

.O ônibus chegou depois de um maço de cigarros fumados.Entrei e observei ELES , as marionetes ( È como gosto de definir as pessoas)paguei o cobrador com cara de cu e me sentei nos fundos.logo desci no ponto do meu serviço . 20 minutos atrasado para reunião.

- È andarilho.. Disse Marcel,meu patrão.20 minutos. 1 real perdido para cada minuto.

Era uma regra estúpida da empresa.chegar atrasadod era descontado da ajuda de custo da passagem. Eu era vendedor, e precisava do dinheiro para ir entrevistar os clientes.

- Então como vou trabalhar? Perguntei.

- Isso é problema seu!

.Estava louco , eu estava mais.não disse nada sai calado e fui direto para casa.- O Serviço que se dane!fui a pé .Não tinha dinheiro para passagem.andei um bom tempo.o suor empapando minha roupa. Então eu vi.em um topa tudo vagabundo, eu vi , era a coisa mais linda que já tinha visto alem de minha linda rosa.uma maquina de escrever negra.entrei .Uma mulher que parecia uma maquina de lavar com um pano vermelho na cabeça me atendeu. Perguntei.

- Quanto ta aquela maquina de escrever? Apontei para aquela.

- 80 paus!

- O que? Por uam coisa que já é peça de museu ?

- È. Museu significa coisa rara.Disse a mulher gorda e estúpida.

- Mas não havia jeito, aquela maquina ia ser min há a qualquer custo! Troquei meu celular pela maquina, e fui para casa carregando-a . A balofa tinha me falado que ela havia pertencido a um escritor qualquer. Fiquei feliz .Esperava que fosse dos bons.

.Cheguei em casa , e coloquei a maquina e, cima de minha escrivaninha.puz uma folha e datilografei uns 2 poemas.Senti uma energia diferente.o telefone da casa tocou. Era Marcel


- Onde você ta andarilho ?

- Em casa.

- Não ta trabalhando ?

-Não! Desliguei e peguei um resto de vodka do armário.Coloquei gelo e mandei ver.A maquina me chamava,tinha certeza que havia perdido o emprego. ME sentia livre como não me sentia a muito tempo.Brindei a isso.

Verso as emanações das palavras.

Aconteceu que

um dia

as palavras emanaram energia

e os poemas

soltaram suas criaturas

aprisionadas


O poeta

enxergou

a beleza do pecado


E se desfez do amor

como

as arvores de desfazem

das folhas velhas


E ele caiu

Morto.

Quando de dentro

surgiu a verdadeira vida


A beleza do poeta

surge

da própria destruição

terça-feira, 23 de outubro de 2007

Versos para solidão

Eu me lembro

Foi-se a saudade

Ficou a ilusão


Eu andava entre

as estantes da biblioteca

e você veio até min

Com seu vestido negro

e olhos de lembrança


Eu dormia

e você ficava ao meu lado

Eu vagava entre becos

e você cobrava-me por minha falha




O mundo tornava-se outra esfera

e o sol se calava

quando você sussurrava em meus ouvidos

Mas agora eu não consigo distinguir

o escuro da cegueira

E você melancólica

aparece somente quando não há

ninguém por perto


Não. eu não te amo.

Mas dependo de ti

Para que as estrofes se sigam


Eu sei .o tempo é o maior assassino

ele mata a dor.As lembranças, Mas não os amores

E logo meus olhos se cruzarão com

os dela

e você partirá

e quando retornar

eu estarei pronto, para maltrata-la


Vocês têm muito amantes

Matou muito deles

e agora mandada pelos meus erros

quer levar-me a decadência


È amiga dos poetas

Eu sei.

Mas ela é meu motivo

Você

uma cobrança

uma conseqüência.

O escuro da multidão.