Seja bem vindo!!

"Quando minhas mãos palidas deixarem cair a última caneta em um quarto barato, eles vão me achar lá, e nunca saberão meu nome minha intenção nem o valor da minha fuga" (Charles bukowski)

sexta-feira, 30 de novembro de 2007

Um numero

Vamos venha cá garoto
Não entende que seu caminho
beira o abismo?

Saiba , garoto
que nunca entenderá
por naquela noite
chorou
por amor?

MAs você é invencível
e jamais morrerá
quando entender
que até estranhos amaram você.

Mas depois de tua prisão
Você é só mais um numero
e te empurrarão para o abismo dos homens

Mas tudo é tempo. E como o amor
o tempo é algo presente que não existe.

Tudo bem, garoto.
Tudo que se paga
é tudo que compra de graça.
E eles se afundaram na certeza
nas explicações..
e adoraram o vicio.

MAs depois de tua prisão particular
você é só mais um numero
e te expulsarão para o beira do abismo.

Garoto entenda
o jogo
e quero que
saiba
não existem jogadores
Mas existem
apostadores.

sexta-feira, 23 de novembro de 2007

Esperei..

Eu esperei
dia após dia
não somente o telefone tocar
não somente sua voz no outro lado da linha..
mas esperei que me desse
aquela nova chance..
mas tudo ficou na mesma..
e eu só
com meu deserto
minhas sombras..
e meus sonhos mortos.

Meus vícios foram uma companhia
solitaria..
Andei de um lado a outro
com meus medos
e
motivo algum

O que um vagabundo pode oferecer?

não sei nada sobre jogos
e sei
que eles,nada tem a ver com o
amor

Agora seguirei o caminho do espreitador
e tratarei aquela velha dor
com indiferença
e gargalhadas

Agora sou o vagabundo

Pelos caminhos tortos..

segunda-feira, 19 de novembro de 2007

Insistencias..

Por que insiste
em querer matar minhas ideias?
por que insiste..
em querer sufocar..
com suas crenças..
com seus medos?
com suas falhas..
quando você se perdeu..
me confundiu..
mas o destino sempre mata..mata..
todo novo começo
com suas risadas..
com suas confusões
com suas retiradas..


Quer uma saída?
aviso,pura perda de tempo..
A vida se resume entre o marasmo e a dor
Não é o modo como você quer tira-la de sua vida
que define
se é o não feliz
mas sim
o modo como a suporta
tudo o mais
são inícios
e
fins..

sexta-feira, 16 de novembro de 2007

Do sono a batalha.


.O imbecil apareceu lá em casa as 6 da manha, havia se dependurado na campainha.”merda, esses putos não respeitam nem a hora de minha fuga ?” Ele usava um toca de algum time de futebol.

- Cara, vamos jogar futebol daqui a pouco , vão bora ?

.Futebol? mas que merda.”não” respondi.falei educadamente claro.inventei alguma desculpa qualquer e voltei para cama.Ah sabia cama! Se algo nesse mundo ainda vale alguma coisa, esse algo é a cama.A fuga de todos os desesperados.quando não ah mais álcool ,baseado ou cigarros, tem a cama.Me deito e me cubro,o travesseiro nunca está do modo que queremos ,mas tudo bem.As batalhas estão lá fora,meu refugio esta aqui.

.Minhas pálpebras pesam e fecho os olhos, me sinto leve, a realidade se desfazendo, e finalmente ,morpheus abre suas portas, - PIM BOM! Faz a campainha“DESGRAÇA!” grito pulando da cama. Coloco meus chinelos e meus óculos, vou até a porta.

Dessa vez é uma garota ruiva,camisa vermelha, saia media e seios fartos.

-Desculpe o incomodo..A Juraci ta ?

“Céus,Ta procurando minha mãe!” Como eu diria a ela que minha mãe estava de plantão?

Naquele momento, uma idéia que não pertence aos meus tipos de idéia ocorreu, não sei ao certo como fiz aquilo, mas fiz.

-Ela ta chegando..quer entrar?

-Não precisa , depois passo aqui..

- Vamos entra..

Prendi os cachorros no quartinho dos fundos, voltei e pedi que ela entrasse.Sentou no sofá e cruzou as pernas”Jesus cristo,Maria e Erick Clapton!,a calçinah dela é vermelha”Senti o volume em meu short,trouxe um café e iniciei a conversa.

- Então, você e minha mãe se conhecem de onde ? “maldito clichê “

- Do hospital.trabalhava com ela.

- È mesmo? Por que saiu?

- Arranjei algo melhor em outro hospital.

- Ah..

.Entendi logo de cara, tava trepando com algum doutor.

- E você , o que faz da vida?

- Sou escritor. “desempregado”

- Que gracinha! Escreve o que?

- Poemas,contos essas coisas..

- Leria algo pra min?

- Hum..Posso recitar.

.Ela deu um sorriso,que por deus,por pouco não pulo encima dela.

- Por onde vais , linda donzela?

Com esses cabelos soltos

E esse fogo entre as pernas?

.Simplesmente bolei aquilo na hora.Fale ida foram mais sexy que consegui,Ela me olhou e deu um sorriso.

-Adorei!por que não recita outro?

- Pra que recitar se posso fazer melhor ? avancei nela e peguei na parte de traz do pescoço e beijei seus lábios, não sei ao certo como fiz aquilo,senti seu corpo amolecer e parei.Não sei ao certo porque ,mas parei.Senti um peso no peito,então voltei e me sentei no sofá.

- Por que parou? Perguntou.

- Não sei.

.Ela se levantou e sentou do meu lado,Olhou nos meus olhos e disse:

-Você ta apaixonado.

- Como sabe ?

- Seus olhos não mentem.Seus lábios também não.Os melhores beijos sempre vê mdos lábios preparados para outra pessoa.

- anda lendo muito Shakespeare..

.Ela soltou uma risada, e logo depois lá estava eu contando para ela minha estória.Acendi um cigarro e ofereci um a ela, disse que fazia mau a saúde.Ótimo! ela tem motivos para ficar saudável.

-Por que não vamos a algum bar ? Perguntou ela.

- Vai pagar? Perguntei.

Nos sentamos numa mesa dos fundos.Tinha pessoas por todos os lados conversando e namorando.Eu estava com uma medica .tinha que aproveitar,Pedi um uísque duplo.Ela uma água com gás “saúde “

- Vem aqui muito? Perguntei.

- Vinha com meu ex-Marido.

- Foi casada quanto tempo?

- 2 Anos.mas fui feliz só no começo, o filho da puta transava comigo e pensava em outra.

- Idiota. Falei a fim de puxar sardinha pro meu lado.Conversamos por um bom tempo.Aquilo era uma batalha prazerosa,jogava o jogo dela, mas o xeque – mate era meu.Mas fui me cansando no Quinto copo de uísque eu já a apertava contra min,e a beijava.Fomos nos agarrando até o banheiro das mulheres,não ligava para os garçons ou as pessoas, nos trancamos no banheiro e eu a coloquei virada para o espelho, abaixei a calcinha e coloquei.Fui aumentando a velocidade,tava difícil,o álcool no sangue atrapalhava mas acabamos.Nos encostamos em algum canto do banheiro e acendi um cigarro.Ela me olhou nos olhos com os cabelos ruivos atrapalhados e os seio de fora.

A propósito..falei, - Você não me disse o seu nome!

.Era o fim de outra batalha.

quarta-feira, 14 de novembro de 2007

Muralhas

È difícil se espreitar entre as muralhas

quando se esta só

e as batalhas se tornam uma rotina

e as canelas doem, a alma grita em silencio.

Aquilo que se chamava coração, não se tem mais nome


È difícil,enquanto vocÊ corre na linha de frente

As trincheiras somem, e o inimigo já o venceu.


As muralhas caem um dia, mas os espelhos nunca se quebram.


Eu estive em muitos campos de batalhas

Sozinho em meu quarto

E quando não há mais garrafas

As lembranças se tornam facas de dois gumes

e vocÊ ainda espera encontrar compaixão nos jogos ?



AS muralhas caem,para que muralhas mais altas e mais fortes

Sejam construídas.

segunda-feira, 5 de novembro de 2007

Da poesia ao jogo

.Antes ele fora um gênio,agora era um bêbado Cansado e triste.Suas idéias se afogaram com a bebida.Uma garrafa de Jack daniel´s por noite,Vodka a tarde e uma dúzia de cervejas de manha.As coisas ocorreram sem previsão, Ele se formara com honras na melhor faculdade daquela merda de pais.Escreveu teses filosóficas que o tornaram conhecido por todo o mundo.Agora era um bêbado. Do que adiantara toda sua genialidade se agora ele não estava ao lado de seu amor? Ele se lembrava da descoberta que havia feito quando criança,uma tarde nas vésperas de seus 12 anos ,sentado no sofá da sala,ele abrira um exemplar de Willian Blake.Ficara encantado com seus versos e viu a verdade crua e escura ali.Percebeu então que os verdadeiros filósofos eram os poetas.Não os que se auto intitulavam como tal. resolveu passar seus pensamentos na poesia.nunca fora reconhecido.Formou-se em sociologia e filosofia, e após algumas teses se tornou famoso entre os intelectuais. Estava tudo completo , não seria lembrado como poeta ,mas como pensador.
. Ele observara pessoas vazias durante as festas dadas pela alta sociedade,Pessoas controladas como marionetes.Alienadas pelo desejo de vencer que na verdade significara nada,Todos haviam perdido.Éramos animais com roupas,nada mais.
.Ele se se encostou a um canto, e observou.Era o que fazia de melhor: observar. Daí saiam suas idéias.E mesmo assim, nada significavam.Ele era somente mais um espírito encarnado sem um pedaço,como todos ali.Bebia seu vinho e observava as mulheres em seus vestidos apertados.|Então ela foi até ele, calça jeans e sandálias, Sorriso único ,olhos castanhos,Ele sentiu suas pernas tremerem,nunca aconteceu antes.ela o olhou nos olhos e se aproximando cochichou em seu ouvido seu nome, ele não disse nada.Não conseguia dizer nada,estava paralisado.Ela sorriu e ambos deram uma volta ao redor do salão do casarão.Ela falava,ele escutava.NO fim da noite descobriu que ela era filha de Algum outro filosofo,mas que diferença fazia ? todos eram iguais!Antes de partir ela lhe deu seu telefone,e logo as coisas voltaram ao normal, Ele lecionava, ela viajava.Todas as noites ele ficava encarando o telefone ,se perguntando se devia ligar ou não. Por fim não ligou. Um ano se passou.
.Durante um sábado,enquanto ele xingava palavrões Devido a um corte que fizera no indicador com uma faca(tentou cortar uma cenoura)O telefone tocou.ele antedeu .Era ela.Seu coração disparou, suas pernas tremeram.”oi” dissera ela.”o-oi” respondera ele.A conversa durara 5 minutos,e marcaram de se ver num barzinho.Ela chegará lá cedo,com o dedo branco de esparadrapos.Ela já estava lá. Sentou-se ao seu lado.E ela
Continuava linda.O sorriso ainda mais Lindo. Ela falou ele ouviu.Ela a amava ,ela falava.A bebida descia.Beijos,casa dele.Sexo.Ela falou durante todo o sexo.E assim foi durante um ano. E nesse tempo descobriu uma coisa sobre a vida : seu sentido era simplesmente uma trepada com amor no fim de noite , As pessoas buscavam a religião, o trabalho entre outras coisas para buscar um sentido em suas vidas fúteis , mas aquele era o sentido: um trepada com amor.
.A descoberta o mudou.Parou de escrever sobre filosofia e dedicou-se a poesia.Parou de lecionar, o chamaram de louco. No fim de outro ano ela estava grávida.Ele falido.Não se ganhava mais dinheiro com poesia.Logo todo dinheiro que entrava ,ele descia em bebidas.Uma manha acordou e encontrou do seu lado na cama um bilhete.Ela partira e levava o filho.Ele resolveu isso com mais bebida.Por fim acabado, tentou lecionar novamente e voltar a filosofia.Conseguiu. escolas publicas são diferentes de faculdades.Ela voltara.Ele descobriu outra coisa:Ela preferia que ele a ouvisse. Quando ele falava , ela sempre respondia com bofetadas.O fracasso vem sorrateiramente,isso ele descobriu tarde demais.

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