Seja bem vindo!!

"Quando minhas mãos palidas deixarem cair a última caneta em um quarto barato, eles vão me achar lá, e nunca saberão meu nome minha intenção nem o valor da minha fuga" (Charles bukowski)

domingo, 24 de junho de 2007

Sal da noite

A solidão é a entrada para o passado

A lembrança: sua mascara

Eu sou seu fragmento

E seu resultado

Ando descalço sobre o sal da noite

Acordes de amor são lançados ao nada

E eu ouço ecos das muralhas do fim do mundo

A solidão passou por lá com sua triste mascara

E eu cavalguei ao seu lado

Triste,calado sem uma mascara

O rosto nu livre ao vento..

Em um mundo de condenados

Meus passos são curtos e pesados

Deixo marcas nesse deserto de sal

Eu sou um elo,Você é minha corrente

Somos cavaleiros sem mascara.

terça-feira, 5 de junho de 2007

Duelo

O pistoleiro ja estava com os dedos médio e indicador no cabo de marfim de uma Colte Walker .A quase 8 metros de distancia Madeleine a linda pistoleira com seus cachos louros e olhos de prata.Ela o encarava, também com os dedos no cabo de seu revolver prateado reluzente a luz do sol de meio dia.
O pistoleiro não sabia o que sentia, talvez um misto de medo e paixão,o Relógio do alto da torre do centro da cidade toca, ouve-se o barulho de um disparo no ar,As pessoas que assistiam ao duelo sussuram sem acreditar. O pistoleiro cai, com uma bala no coração,seu corpo treme,ele não sacara a arma,deixara ela atirar.Madeleine com passos curtos chega até ele:

- Por que não sacou sua arma?

- Tive medo de mata-la..(tossiu e escarrou sangue)

- Por que? Olhou em seus olhos, viu que uma lagrima descia no olho esquerdo do pistoleiro.

- Por que eu te amo..Virou para o lado e morreu

Naquela tarde Madeleine levou o cadáver do pistoleiro e o deixou no deserto para que os abutres o devorassem , voltou para a cidade e após umas doses de whiskey transou com o xerife.

sexta-feira, 1 de junho de 2007

Vida de coiote

Acordei um uma dor de cabeça que parecia uma bomba relógio preste a explodir.As únicas lembranças que eu tinha em minha cabeça eram a minha entrada no bar , o pedido de uma dose de whiskey ao garçom ,e depois flashs de uma conversa com um cara.Não imagino como cheguei em casa.Desde que acordei reparei outra coisa, meu braço: Está dormente.Olho pro lado e não é por acaso, Tem uma mulher encima dele!e muito feia por sinal Pelo visto estou na casa dela, ou em um hotel barato.Tento retira-la de cima de meu pobre braço mas ela sussurra algo que não entendo,Mata-la?mastigar meu braço feito um Coiote ?isso me causaria sérios problemas e também muito trabalho.Não, tenho que pensar em algo melhor.Tento me lembrar onde a conheci, mas nesse momento, não lembro nem o meu nome.
.Ouço batidas na porta, e gritarias. È o marido dela,dessa vez é inevitável, tenho que acorda-la, dou três cutucões nela: nada.Bato em seu rosto: Nada. Checo seu pulso: Merda! Ela ta morta.Tiro o corpo de cima de meu braço, e resolvo pular a janela :Estou no décimo segundo andar de um hotel vagabundo.Entro no quarto,coloco minha roupa e abro a porta esperando minha sentença final, O marido dela me olha,e eu surpreso reparo que é o tal cara da minha lembrança.Ele calado vai até a cama,Checa o pulso dela ,volta e fala:

- Certo..como combinado,Dois mil. Entregou - me um bolo cheio de notas de cinqüenta.

.Resolvi ficar calado e ir embora enquanto ele cuidava do corpo,A ressaca havia passado,Então aprendi algo:Quando estamos bêbados, aceitamos qualquer trabalho.