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"Quando minhas mãos palidas deixarem cair a última caneta em um quarto barato, eles vão me achar lá, e nunca saberão meu nome minha intenção nem o valor da minha fuga" (Charles bukowski)

domingo, 26 de agosto de 2007

Fogo da superfície

Sou mais um que chegou a superfície
E o ar queima como fogo
Mas há tanto a ser desprezado
E tão pouco a ser visto..

Como obtenho força
Para pegar em minha caneta?
Se a uso para expulsaste de dentro de mim

As palavras custam caro
E não tenho o por que de compra-las

Mas respiro!
Mesmo que seja o fogo do acaso
Eu respiro
Minha deformidade interior
Somente pode ser vista
Aos meus olhos

E o maior acusador
É meu reflexo
Encontra-se e mtoda agua e espelho
E me segue como uma lembrança

Não a violações capazes de trazer
De volta as palavras
Pois é necessário
Respirar esse fogo sagrado
e consumidor

Mas eu corro contra o acaso
quando abro meus olhos
E respiro
Não há mais necessidades


E o fogo me consome
Ele me muda
E arde em mim
Como o amor simples
Como uma violação
Como os erros

E a única violação necessária
É a mudança interior..

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